Subsídio bíblico-teológico para a Revista
da Escola Bíblica Dominical LIÇÕES BÍBLICAS - de Adultos - da Casa
Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) - 1º Trimestre de 2015 - OS
DEZ MANDAMENTOS: Valores divinos para uma sociedade em constante
mudança.
26 de janeiro de 2015
Lição 05
NÃO TOMARÁS O NOME DO
SENHOR EM VÃO
Texto Áureo Lv. 19.12
– Leitura Bíblica Ex. 20.7; Mt. 5.33-37;
23.16-19
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
Os nomes bíblicos carregam significados especiais, não se trata de uma
terminologia arbitrária, mas de uma revelação do caráter da pessoa. Em relação
a Deus, Seus nomes revelados na Bíblia expressam Sua natureza. Na aula de hoje
estudaremos a respeito dos nomes de Deus, e dos seus significados, a partir
dessa análise, compreenderemos porque o nome do Senhor não poderia ser tomado
em vão, de acordo com o terceiro mandamento. Ao final, destacaremos o valor do
Nome de Jesus, que é um nome que está acima de todo Nome.
1. O NOME DE DEUS
O terceiro mandamento diz respeito ao nome do Senhor (Ex. 20.7), que
não deve ser profanado. O nome de Deus foi revelado aos Israelitas, Yahweh
identificou-se como o Senhor do Seu povo. A revelação desse nome ocorreu antes
do povo chegar ao Sinai, quando Moisés viu a sarça ardente indagou como deveria
ser referenciado o Deus que o enviaria a libertar os israelitas do Egito (EX.
3.14,15). O nome de Deus revelado foi um
tetragrama YHWH, composto por quatro consoantes, que literalmente significa “Eu
sou quem eu sou”. Esse nome identifica a autoexistência divina, isso quer dizer
que Yahweh – como costuma ser pronunciado o tetragrama – não depende de outros
para existir. Por esse motivo o salmista declarou: “Ó Senhor, Senhor nosso,
quão admirável é o teu nome em toda a terra” (Sl. 8.1). Os israelitas não
estavam sendo proibidos de chamar Deus pelo nome, tratava-se de uma orientação
jurídica, isto é, o nome do Senhor não poderia ser usado para dar falso
testemunho. No entanto, alguns rabinos levaram tão a sério esse mandamento que
deixaram de pronunciar o tetragrama, de modo que atualmente não se sabe ao
certo como esse deve ser pronunciado. O nome YHWH quando identificado na
leitura costuma ser substituído por Adonai, termo hebraico que significa Meu
Senhor, ou tão somente Senhor, como tem sido utilizado na tradução bíblica para
o português. A proibição, portanto, não está no uso do nome, mas na sua utilização
indevida.
2. A REVERÊNCIA AO NOME DE DEUS
O nome do Senhor deveria ser reverenciado, não apenas por aqueles que
lidam com a justiça, mas também pelos profetas. O uso inapropriado da expressão
“assim diz o Senhor”, sem que Deus tivesse falado se constituía em pecado (Jr.
14.14,15). Aqueles que falam nas igrejas e nos púlpitos, em nome do Senhor,
devem estar conscientes dessa responsabilidade. Trata-se de um perjúrio usar o
nome de Deus para declarar algo que Ele não revelou, ou mesmo para prometer
fazer algo que não será cumprido (Lv. 19.12). Isso deve ser considerado porque
o nome de Deus é Maravilhoso (Jz. 13.17; Is. 9.6,7), portanto Jesus nos ensinou
que todos devem reconhecer que o Nome de Deus é Santo (Mt. 6.9). O livro dos
Salmos nos instrui a dar glória ao nome do Senhor (Sl. 29.2), e a cantar glória
ao Seu nome (Sl. 72.19), a bendizer o Seu Santo Nome (Sl. 103.1). O nome do
Senhor não deve ser profanado, antes invocado (Gn. 4.24), e digno de confiança
(Is. 50.10), além de ser considerado glorioso (Dt. 28.58). A grandeza de Deus
deve ser motivo para a reverência em relação ao nome do Senhor, ninguém deve
usar Esse Nome indevidamente. O Nome de Deus não deve ser motivo de piadas,
muito menos de blasfêmias. Mas não nos compete julgar, muito menos tomar
atitudes agressivas em relação àqueles que profanam o Nome do Senhor, pois a
Deus pertence à vingança, não a nós (Rm. 13.1).
3. EM NOME DE JESUS
O nome do Senhor não apenas deve ser mencionado através dos nossos
lábios, como esse Nome reflete a identidade de um Deus de amor e graça, devemos
viver para Ele e tudo o que fizermos, devemos fazer em Seu Nome (Cl. 3.17).
Isso também é motivo para temer o Deus de Israel, inclusive o nome do Senhor
Jesus. O pecado de Ceva, ao usar o nome de Jesus indevidamente, deve servir de
alerta para aqueles que se apropriam desse Nome para satisfazer interesses
pessoais (At. 19.17). O nome de Jesus tem autoridade especial para Sua igreja,
não se trata de um amuleto, como querem defender alguns adeptos da Confissão
Positiva. É preciso ter cuidado, pois nem todos aqueles que dizem Senhor,
Senhor têm parte no evangelho de Cristo (Mt. 7.21-23). O nome de Jesus tem
autoridade porque Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre
todo o nome (Fp. 2.9). Por isso, diante dEle deve se dobrar todo joelho dos que
estão no céu e na terra (Fp. 2.10,11). Jesus é um nome que salva os pecadores,
pois todos aqueles que O invocam encontram vida eterna (At. 4.12; Rm 10.13; I
Jo. 5.13). Em nome dEle recebemos o batismo, fomos imersos no Seu corpo,
fazendo parte da comunidade dos santos (Mt. 28.19). A santificação, operada em
nós pelo Espírito Santo, acontece em nome de Jesus (I Co. 6.11). Infelizmente o
nome de Jesus tem sido usado para fins interesseiros no contexto evangélico. Há
quem o faça em forma de jargão “Em o nome de Jesus”, sem dar ao Senhor a
glória, a honra e a autoridade que Lhe é própria.
CONCLUSÃO
O nome de Deus é significativo porque revela Sua natureza, a maneira
como Ele se mostra através da Palavra. Ele não é apenas Elohim, o Deus Criador
(transcendente), é também, Yahweh (imanente), o Deus que se envolve. A maior
prova do interesse de Deus por nós é a vinda de Jesus, um Nome que está acima
de todo e qualquer nome. Em Seu Nome temos a segurança de que somos aceitos por
Deus, de Quem agora podemos nos aproximar chamando-O de Pai (Rm. 8.15-17).
BIBLIOGRAFIA
HOBBERT, J. C. The ten
commandments: a preaching commentary. Nashville: Abingdon Press, 2002.
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